POR
EDISON LIMA
Conhecer o Aparelho Fonador é fundamental para se cantar bem. Nesse Aparelho é produzido o som, por consequêcia do atrito do ar com as pregas vocais, que estão localizadas na laringe.
veja os órgãos envolvidos na produção do som.
Dentro da laringe, uma cápsula formada por vários ossos e carlilagens entreligados, o som é produzido pela vibração das pregas vocais que em repouso encontram-se separadas em forma de "V", e quando falamos, pasam a se aproximar, ficando apenas uma pequeníssima fresta para que o ar passe e com o atrito faça as mesmas vibrarem produzindo o som.
O comprimento e espessura das pregas (que nos homens é aproximadamente de 17 a 24 mm e nas mulheres de 13 a 17 mm) JUNTO COM FATORES ANATOMICOS QUE ENVOLVEM ACÚSTICA é que vai determinar se o som produzido por uma pessoa é mais agudo ou mais grave. Pregas vocais mais longas e espessas produzem sons mais graves (grosso), pregas vocais com espessura menor e mais curtas, produzem sons mais agudos (fino). Isso é a natureza das pessoas (génética) que vai determinar. Desta forma a tipo de voz da pessoa esta ligado entre outros fatores, principalmente a este do formato das pregas vocais. (Falaremos mais, quando falarmos sobre divisão das vozes e ressonância em outra postagem).
Na figura acima vemos o movimento das pregas que se afatam, quando inspiramos ar e se unem qaundo falamos, cantamos, ou deglutimos algo. No caso da fonação para o canto as pregas podem além de se unirem através dos músculos adutores da laringe, também se alongarem ou contraírem, devido ao múscolo vocal (TA) tireoaretenóide. que na verdade faz parte da prega vocal que é composta de duas partes, o TA e a mucosa que o recobre, essa é que entra em vibração. Ela está ligada a frequencia sonora, ou seja, se o som é mais agudo ou grave, pois vibra mais (sons agudos) ou menos (sons graves) vezes, dependendo da força da culuna de ar e também do posicionamento do músculo TA, que mais alongado, junto com a coluna de ar, faz a mucosa vibrar mais rapidamente e contraído, mais lentamente. Isso porque além de alongar e contraír-se, ele também faz a pregas se unirem mais ou menos. Quanto mais unidas as pregas, maior a vibração devido a preção que o ar fará sobre elas.
Para cantarmos ou falarmos, além do som que sai da nossa laringe, devemos DAR FORMA ao mesmo, para que possamos através disso formarmos os diversos fonemas que nos proporcionam nos cominicar uns com os outros seja por meio da voz falada ou cantada. Essa necessidade de darmos forma a boca quando cantamos é fundamental, pois precisamos emitir o som que é projetado dos ressonadores orofagingeo e faciais principalmente nos sons agudos, em vez do som que sai simplesmente da garganta, para que ele (som) se torne mais belo, tanto no aspécto da dicção, quanto com relação às sua propriedades (timbre, altura, intensidade, que é a potência, etc). Para tanto, deve-se ovalar a boca, conforme a forma de cada pronúncia. Isso nos auxilia pelo fato, de que nesse processo de ovalar a boca, o ar sofre uma certa pressão para sair, com isso, aliado à pressão que sofre também pelo diafrágma, que o empurra, o ar é levado para a “CAIXA DE RESSONÂNCIA ALTA” através do palato mole, de onde será então, projetado. Isso é fundamental para que o som seja emitido com toda a beleza que desejamos.
Existem alguns orgãos que estão direta ou indiretamente ligados ao processo da articulação do som e os chamamos de "ARTICULADORES FACIAIS".
Os articuladores, que são vários músculos da face e órgãos da boca, são os responsáveis por produzirem uma barreira sobre o ar que vem da laringe para que possamos produzir sons consonantais, ou simplesmente dar forma às vogais, dando assim, origem aos diversos fonemas que conhecemos.
SONS VOCÁLICOS (VOGAIS)
São os fonemas gerados a partir da corrente de ar que passa livremente pela cavidade bucal. Dependem do posicionamento da língua, dos lábios e do palato mole (Articuladores Faciais). Podem ser Orais e Nasais.
- Vogais Orais:
Nessas, a corrente de ar passa somente pela cavidade bucal sem encontrar barreira. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u.
Nessas, a corrente de ar passa somente pela cavidade bucal sem encontrar barreira. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u.
Sua forma depende do posicionamento da lingua principalmente, que atua como músculo tracionador da laringe, juntamente com os músculos ligados diretamente a laringe.
- Vogais Nasais:
Nessas, a corrente de ar passa ao mesmo temo pelas cavidades bucal e nasal e conta com o trabalho do palato mole, que fecha parcialmente a passagem do ar pela boca, mandando parte desse para as fossas nasais. São elas no total de cinco: nha, nhe, nhi, nho, nhu.
Nessas, a corrente de ar passa ao mesmo temo pelas cavidades bucal e nasal e conta com o trabalho do palato mole, que fecha parcialmente a passagem do ar pela boca, mandando parte desse para as fossas nasais. São elas no total de cinco: nha, nhe, nhi, nho, nhu.
FORMA DA BOCA EM RELAÇÃO ÀS VOGAIS.
- Á, É, Ó: Sons abertos e verticais: - Ovalamento da boca, projeção do som na ressonância alta.
- Ô, Û: Sons fechados e verticais.
Ovalamento da boca e projeção dos lábios para frente. Nos agudos extremos, o queixo desce para a ampliação do som.
Ovalamento da boca e projeção dos lábios para frente. Nos agudos extremos, o queixo desce para a ampliação do som.
- Ê, Î: Sons fechados e horizontais no grave e verticais no agudo.
- Um leve sorriso é necessário para que o som projete-se melhor no grave. Ao atingirmos notas mais agudas a boca vai se ovalando, (posição vertical) e o som passa para a ressonância alta, para que possa continuar limpo. Na medida do possível o sorriso continua.
- Um leve sorriso é necessário para que o som projete-se melhor no grave. Ao atingirmos notas mais agudas a boca vai se ovalando, (posição vertical) e o som passa para a ressonância alta, para que possa continuar limpo. Na medida do possível o sorriso continua.
SONS CONSONANTAIS
Já nos fonemas consonantais, o ar encontra uma barreira na cavidade bucal, como já vimos, dependendo da posição dos lábios e língua. Dá-se o nome de “Zona de Articulação”, ao ponto onde ocorre a barreira do ar na cavidade bucal. Por exemplo, quando pensamos em falar "dedo", a língua sobe até os dentes incisivos superiores, impedindo a passagem de ar e som. Esse ponto é a zona de articulação linguodental. Quando ela desce o ar sai e da-se a forma de "D", ao som que foi solto.
Veja o quadro abaixo: