sexta-feira, 19 de junho de 2009

APARELHO FONADOR E SEUS ARTICULADORES



POR

EDISON LIMA


Conhecer o Aparelho Fonador é fundamental para se cantar bem. Nesse Aparelho é produzido o som, por consequêcia do atrito do ar com as pregas vocais, que estão localizadas na laringe.


veja os órgãos envolvidos na produção do som.















Dentro da laringe, uma cápsula formada por vários ossos e carlilagens entreligados, o som é produzido pela vibração das pregas vocais que em repouso encontram-se separadas em forma de "V", e quando falamos, pasam a se aproximar, ficando apenas uma pequeníssima fresta para que o ar passe e com o atrito faça as mesmas vibrarem produzindo o som.





O comprimento e espessura das pregas (que nos homens é aproximadamente de 17 a 24 mm e nas mulheres de 13 a 17 mm) JUNTO COM FATORES ANATOMICOS QUE ENVOLVEM ACÚSTICA é que vai determinar se o som produzido por uma pessoa é mais agudo ou mais grave. Pregas vocais mais longas e espessas produzem sons mais graves (grosso), pregas vocais com espessura menor e mais curtas, produzem sons mais agudos (fino). Isso é a natureza das pessoas (génética) que vai determinar. Desta forma a tipo de voz da pessoa esta ligado entre outros fatores, principalmente a este do formato das pregas vocais. (Falaremos mais, quando falarmos sobre divisão das vozes e ressonância em outra postagem).


Na figura acima vemos o movimento das pregas que se afatam, quando inspiramos ar e se unem qaundo falamos, cantamos, ou deglutimos algo. No caso da fonação para o canto as pregas podem além de se unirem através dos músculos adutores da laringe, também se alongarem ou contraírem, devido ao múscolo vocal (TA) tireoaretenóide. que na verdade faz parte da prega vocal que é composta de duas partes, o TA e a mucosa que o recobre, essa é que entra em vibração. Ela está ligada a frequencia sonora, ou seja, se o som é mais agudo ou grave, pois vibra mais (sons agudos) ou menos (sons graves) vezes, dependendo da força da culuna de ar e também do posicionamento do músculo TA, que mais alongado, junto com a coluna de ar, faz a mucosa vibrar mais rapidamente e contraído, mais lentamente. Isso porque além de alongar e contraír-se, ele também faz a pregas se unirem mais ou menos. Quanto mais unidas as pregas, maior a vibração devido a preção que o ar fará sobre elas.

Para cantarmos ou falarmos, além do som que sai da nossa laringe, devemos DAR FORMA ao mesmo, para que possamos através disso formarmos os diversos fonemas que nos proporcionam nos cominicar uns com os outros seja por meio da voz falada ou cantada. Essa necessidade de darmos forma a boca quando cantamos é fundamental, pois precisamos emitir o som que é projetado dos ressonadores orofagingeo e faciais principalmente nos sons agudos, em vez do som que sai simplesmente da garganta, para que ele (som) se torne mais belo, tanto no aspécto da dicção, quanto com relação às sua propriedades (timbre, altura, intensidade, que é a potência, etc). Para tanto, deve-se ovalar a boca, conforme a forma de cada pronúncia. Isso nos auxilia pelo fato, de que nesse processo de ovalar a boca, o ar sofre uma certa pressão para sair, com isso, aliado à pressão que sofre também pelo diafrágma, que o empurra, o ar é levado para a “CAIXA DE RESSONÂNCIA ALTA” através do palato mole, de onde será então, projetado. Isso é fundamental para que o som seja emitido com toda a beleza que desejamos.

Existem alguns orgãos que estão direta ou indiretamente ligados ao processo da articulação do som e os chamamos de "ARTICULADORES FACIAIS".


















Os articuladores, que são vários músculos da face e órgãos da boca, são os responsáveis por produzirem uma barreira sobre o ar que vem da laringe para que possamos produzir sons consonantais, ou simplesmente dar forma às vogais, dando assim, origem aos diversos fonemas que conhecemos.









SONS VOCÁLICOS (VOGAIS)










São os fonemas gerados a partir da corrente de ar que passa livremente pela cavidade bucal. Dependem do posicionamento da língua, dos lábios e do palato mole (Articuladores Faciais). Podem ser Orais e Nasais.



- Vogais Orais:
Nessas, a corrente de ar passa somente pela cavidade bucal sem encontrar barreira. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u.



Sua forma depende do posicionamento da lingua principalmente, que atua como músculo tracionador da laringe, juntamente com os músculos ligados diretamente a laringe.






- Vogais Nasais:
Nessas, a corrente de ar passa ao mesmo temo pelas cavidades bucal e nasal e conta com o trabalho do palato mole, que fecha parcialmente a passagem do ar pela boca, mandando parte desse para as fossas nasais. São elas no total de cinco: nha, nhe, nhi, nho, nhu.






FORMA DA BOCA EM RELAÇÃO ÀS VOGAIS.







- Á, É, Ó: Sons abertos e verticais: - Ovalamento da boca, projeção do som na ressonância alta.






- Ô, Û: Sons fechados e verticais.
Ovalamento da boca e projeção dos lábios para frente. Nos agudos extremos, o queixo desce para a ampliação do som.






- Ê, Î: Sons fechados e horizontais no grave e verticais no agudo.
- Um leve sorriso é necessário para que o som projete-se melhor no grave. Ao atingirmos notas mais agudas a boca vai se ovalando, (posição vertical) e o som passa para a ressonância alta, para que possa continuar limpo. Na medida do possível o sorriso continua.








SONS CONSONANTAIS




Já nos fonemas consonantais, o ar encontra uma barreira na cavidade bucal, como já vimos, dependendo da posição dos lábios e língua. Dá-se o nome de “Zona de Articulação”, ao ponto onde ocorre a barreira do ar na cavidade bucal. Por exemplo, quando pensamos em falar "dedo", a língua sobe até os dentes incisivos superiores, impedindo a passagem de ar e som. Esse ponto é a zona de articulação linguodental. Quando ela desce o ar sai e da-se a forma de "D", ao som que foi solto.




Veja o quadro abaixo:











































































































RESPIRAÇÃO COSTODIAFRAGMATICA


É isso aí PESSOAL,Vamos respirar seguindo esses passos.


1) Focalize no abdome inferior a região três dedos abaixo do umbigo, colocando o dedo indicador atravessado sobre o umbigo. Os três dedos abaixo, entre abertos, mostram a região onde trabalharemos. É ai que vamos trabalhar o fortalecimento da musculatura abdominal inferior.


2) Imagine que você está com uma “baita diarréia” e não há banheiro por perto. Com isso haverá fechamento retal. O QUE É FUNDAMENTAL, para a focalização da região cita e conseqüente apoio diafragmático correto.
- Contraia e dilate o diafragma, num exercício de vai e vem do mesmo. Não precisa inspirar ou expiar ar. Trabalhe apenas a movimentação do abdome inferior. Pelo menos 10 vezes. Se fizer corretamente, focalizando três dedos abaixo do umbigo irá sentir uma “dorzinha”, como se estivesse fazendo exercício de abdominal, numa academia.





3) O que acontece com o diafragma, fazendo esse movimento?
a. Simples... Quando dilatamos o abdome, o diafragma abaixa, empurrando os órgãos do aparelho gástrico. Isso ocorre devido os terminais nervosos, do abdome enviarem uma informação ao cérebro, para que esse mande o diafragma se abaixar. (movimento característico para entrada de ar nos pulmões). Esse abaixamento do diafragma cria um espaço entre ele e os lobos inferiores dos pulmões para que esses se inflem até encostar no referido músculo novamente, agora mais abaixo de sua posição de repouso. Se não houver abaixamento do diafragma, não se tem ar nos lobos inferiores por completo. Consequentemente, freses mais curtas são uma constante e dificuldade de manter a entoação nas frases longas também. Além de falta de potencia, haverá desafinação e falta de brilho no som.
b. Quando contraímos o abdome, ocorre o contrário. O diafragma se levanta, devido estímulo dos terminais nervosos do abdome inferior que enviam mensagem ao cérebro e esse ao diafragma (movimento característico para a expulsão do ar). Desta forma o diafragma trabalha servindo de apoio para os lobos inferiores. Assim, o ar que sai do pulmão está sempre sendo comprimido, para que não haja “rebote” de ar para dentro do mesmo, o que ocasiona a voz “xoxa”, ou seja, sem potência e brilho. Além de falta de afinação.








4) Por que RESPIRAÇÃO COSTO DIAFRAGMÁTICA?a. É por causa de que além do trabalho do diafragma, há ainda na parte anterior (costas) duas costelas posteriores (últimas), chamadas de “Costelas Flutuantes”, que se levantam quando o diafragma desce, para ajudarem no processo de inflar os lobos inferiores.b. Sentado numa cadeira, flexionando o tórax para frente, com o tronco reto, coloca-se os cotovelos no joelho para se chegar à posição ideal para sentir o movimento das “costelas flutuantes”. Coloca-se as duas mãos na parte inferior das costas, perto da pelves (bacia). Com todos os movimentos e posturas ensinados acima, inspira-se focalizando o abdome inferior, três dedos abaixo do umbigo. Sente-se então o movimento da parte inferior das costas que se dilatam também. Esse é o trabalho das costelas flutuantes.


5) O PROCESSO DE RESPIRAÇÃO COSTODIAFRAGMATICA É FUNDAMENTAL PARA SE CANTAR BEM. Pois o apoio do ar fica sobre o diafragma, que trabalha abaixando e levantando, sempre com os lobos inferiores dos pulmões encostados nele. O que mantém os pulmões pressionados, comprimindo o ar. Assim o esforço concentra-se no abdome e não na garganta, o que se acontecer irá prejudicar radicalmente todas as características do som produzido na laringe pelo atrito do ar com as pregas vocais.a. Desta forma, inspira-se, enchendo de ar os pulmões, focalizando o abdome inferior, ou seja, tem-se a sensação de que o ar vai para baixo, nessa região abaixo do umbigo. Sabemos que o ar está dentro dos pulmões, que estão acima do diafragma, mas a sensação é de que o ar vai para baixo. Isso é porque o diafragma empurra os órgãos gástricos para baixo, causando a saliência do abdome inferior. Quando os pulmões estão cheios de ar, contrai-se o abdome, sem soltar ar. Isso faz com que o diafragma suba e encontre os lobos inferiores cheios. ESSE É O APOIO IDEAL.b. Da mesma forma, para soltar o ar, mantém-se o abdome contraído à medida que cantamos. Quanto mais ar soltamos no processo do canto, mais contraímos o abdome. Isso mantém o pulmão pressionado pelo diafragma.
NA PRÓXIMA PASSAREI ALGUNS EXERCÍCIOS QUE AUXILIARAM VOCÊ A MECANIZAR O PROCESSO DA RESPIRAÇÃO COSTO DIAFRAGMÁTICA.
QUALQUER DÚVIDA PODE POSTAR UMA PERGUNTA AQUI.
AOS ALUNOS ME PROCUREM NA AULA, OU POSTEM NO FORUM DA COMINIDADE ALUNOS DE CANTO DO PR. EDISON
BEIJO E ABRAÇO.
PR. EDISON LIMA